domingo, 18 de abril de 2021

2003 - "Pau de Dar em Doido" - de Calixto Inhamuns

 

APRESENTAÇÃO

 O COCÔ DO CAVALO DO AMIGO DO BANDIDO

Pau de dar em Doido é uma conjunção de coisas felizes, nestes tempos bicudos. Primeiro: ler o texto do meu amigo Calixto de Inhamuns, me divertir e, sobretudo me emocionar. Depois, reencontrar, agora diretora, Suzana Lakatos, que é uma excelente atriz e uma vigilante implacável da clareza e do sentido das coisas. Terceiro: ter recebido o convite de Henrique Taubaté Lisboa, para realizar o espetáculo.

Taubaté é um injustiçado. Com certeza um dos melhores atores deste País. A vida o levou para um desvio. Mas, como homem de teatro que é, Taubaté é um inconformado. Não se admite parado, caído, ainda que a vida force para esse lado. É um berrador. Um indignado. “Mario: me ajuda a montar o espetáculo, senão eu piro”. E cá estamos nós. Uma pequena Armata Brancaleone, tentando colocar em cena o que pode ser um manifesto de toda a nossa revolta, em relação ao que está aí. Nós, personagens reais da história do dia-a-dia, nos mesclamos na história de Astolfo, personagem do texto de Calixto. E com essa mistura na cabeça, procuramos montar o espetáculo. Um monólogo que não é monólogo. Dois diretores, Suzaninha e eu, para um só ator, e ainda com o luxo de uma assistente de direção, a Flavinha. Junte-se a isso, a participação fundamental da Cássia Guindo que, não menos louca, topou cuidar da retaguarda do espetáculo.

Mario Masetti


UM BELO SOLO APRESENTADO NA SALA MIRIAN MUNIZ (Teatro Ruth Escobar) 
TEATRO MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO (SP) E TEATRO STA ELIZA EM  RIBEIRÃO PRETO (SP) E ESCOLAS.


PAU DE DAR EM DOIDO E EM SÃO TAMBÉM  

César Vieira

 

Há muito tempo não via em cena, um ator  visceral e forte, mas sem “perder jamais a ternura” como Taubaté neste vigoroso “Pau de dar em Doido”.

Recordo com carinho as atuações de Henrique Lisboa, no Teatro da Cidade de Santo André, como o místico Conselheiro de O Evangelho Segundo Zebedeu e o Rei Momo meio Piolim, meio Hamlet que mostrou na opereta montada pelo União e Olho Vivo, na Polônia, Itália e França.

 

O fértil texto de Calixto de Inhamuns faz explodir o talento do intérprete solitário que dança, tropeça, ri, chora e nos pega pela mão, pelas entranhas , pela cabeça e nos faz bufões, reis, mendigos e drogados onde desfilam sonhos e pesadelos plenos de suor e vida. Longa carreira é o que desejo a essa obra dirigida pela segura mão de Mário Masetti. 

César Vieira, é autor, advogado de presos políticos e fundador do Teatro Popular União e Olho Vivo.

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Taubaté, Mário, Suzaninha, Cássia, Marcão, Mari, Calixto, enfim, turma toda do time do Pau de Dar em Doido. Muito obrigada pelo prazer enorme que tive ao ver o espetáculo de vocês. Que isto possa acontecer com muitas pessoas, que vocês façam uma boa temporada e distribuam, fartamente, essas inteligentes e comoventes alegrias. Abraço grande, Gabi

 Gabriela Rabelo

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"O retorno de Henrique Lisboa, o nosso Taubaté, aos palcos, não podia ser melhor: sozinho em cena, na mais perfeita tradição dos contadores de historias, nos conduz, junto com Astolfo, seu personagem, a percorrer os caminhos trágicos e líricos desse brasileiro que somos todos nós.Taubaté com este solo volta à vida e os Deuses do Teatro estão felizes"

Antonio Petrin

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 A performance de Henrique Lisboa nesse novo texto de Calixto de Inhamuns não espanta aqueles que vêm acompanhando sua longa carreira e ainda faz uma ponte com um dos momentos mais felizes desse ator quando, em meados dos anos 70,  na pele de Mockinpott, de Peter Weiss, exerceu em alto grau a sua capacidade dramática. Aliás, os dois textos têm semelhanças na abordagem do desamparo do indivíduo frente à máquina social fria e desumana. Agora, só no palco, Henrique Lisboa prova sua maturidade de intérprete e especial habilidade na construção desse personagem  patético, chapliniano, que nos enternece, leva à compaixão e à revolta. 
 José Armando Pereira da Silva 

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FICHA TÉCNICA

 

Atuação.......................................................................... Henrique Lisboa

autoria:.................................................................... Calixto de Inhamuns

direção......................................... .......................................... Mario Mazetti

direção de ator................................................................. Suzana Lakatos

assistência de direção.................................................... Flávia Thompson

criação de luz e operação.......................................... Marco Vasconcellos

figurinos....................................................................Marichilene Artisevskis 

assistência de figurinos...........................................................Priscila Sabina   

musicas...............................................................................Paulo Garfunkel                 

produção executiva............................................................ Cássia Guindo

produção................................. José Henrique Paiva dos Reis Lisboa (Taubaté)


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