APRESENTAÇÃO
O COCÔ DO CAVALO DO AMIGO DO BANDIDO
Pau de dar em Doido
é uma conjunção de coisas felizes, nestes tempos bicudos. Primeiro: ler o texto
do meu amigo Calixto de Inhamuns, me divertir e, sobretudo me emocionar.
Depois, reencontrar, agora diretora, Suzana Lakatos, que é uma excelente atriz
e uma vigilante implacável da clareza e do sentido das coisas. Terceiro: ter
recebido o convite de Henrique Taubaté
Lisboa, para realizar o espetáculo.
Taubaté é um injustiçado. Com certeza um dos melhores atores deste País. A vida o levou para um desvio. Mas, como homem de teatro que é, Taubaté é um inconformado. Não se admite parado, caído, ainda que a vida force para esse lado. É um berrador. Um indignado. “Mario: me ajuda a montar o espetáculo, senão eu piro”. E cá estamos nós. Uma pequena Armata Brancaleone, tentando colocar em cena o que pode ser um manifesto de toda a nossa revolta, em relação ao que está aí. Nós, personagens reais da história do dia-a-dia, nos mesclamos na história de Astolfo, personagem do texto de Calixto. E com essa mistura na cabeça, procuramos montar o espetáculo. Um monólogo que não é monólogo. Dois diretores, Suzaninha e eu, para um só ator, e ainda com o luxo de uma assistente de direção, a Flavinha. Junte-se a isso, a participação fundamental da Cássia Guindo que, não menos louca, topou cuidar da retaguarda do espetáculo.
Mario Masetti
PAU DE DAR EM DOIDO E EM SÃO TAMBÉM
César Vieira
Há muito tempo não via em cena, um ator visceral e forte, mas sem “perder jamais a ternura” como Taubaté neste vigoroso “Pau de dar em Doido”.
Recordo com carinho
as atuações de Henrique Lisboa, no Teatro da Cidade de Santo André, como o
místico Conselheiro de O Evangelho Segundo Zebedeu e o Rei Momo meio Piolim,
meio Hamlet que mostrou na opereta montada pelo União e Olho Vivo, na Polônia,
Itália e França.
O fértil texto de Calixto de Inhamuns faz explodir o talento do intérprete solitário que dança, tropeça, ri, chora e nos pega pela mão, pelas entranhas , pela cabeça e nos faz bufões, reis, mendigos e drogados onde desfilam sonhos e pesadelos plenos de suor e vida. Longa carreira é o que desejo a essa obra dirigida pela segura mão de Mário Masetti.
César Vieira, é autor, advogado de presos políticos e fundador do Teatro Popular União e Olho Vivo.
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Taubaté, Mário, Suzaninha, Cássia, Marcão, Mari, Calixto, enfim, turma toda do time do Pau de Dar em Doido. Muito obrigada pelo prazer enorme que tive ao ver o espetáculo de vocês. Que isto possa acontecer com muitas pessoas, que vocês façam uma boa temporada e distribuam, fartamente, essas inteligentes e comoventes alegrias. Abraço grande, Gabi
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"O
retorno de Henrique Lisboa, o nosso Taubaté, aos palcos, não podia ser melhor:
sozinho em cena, na mais perfeita tradição dos contadores de historias, nos
conduz, junto com Astolfo, seu personagem, a percorrer os caminhos trágicos e
líricos desse brasileiro que somos todos nós.Taubaté com este solo volta à vida
e os Deuses do Teatro estão felizes"
Antonio Petrin
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A performance de Henrique Lisboa nesse novo texto de Calixto de Inhamuns não espanta aqueles que vêm acompanhando sua longa carreira e ainda faz uma ponte com um dos momentos mais felizes desse ator quando, em meados dos anos 70, na pele de Mockinpott, de Peter Weiss, exerceu em alto grau a sua capacidade dramática. Aliás, os dois textos têm semelhanças na abordagem do desamparo do indivíduo frente à máquina social fria e desumana. Agora, só no palco, Henrique Lisboa prova sua maturidade de intérprete e especial habilidade na construção desse personagem patético, chapliniano, que nos enternece, leva à compaixão e à revolta.
José Armando Pereira da Silva
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FICHA TÉCNICA
Atuação.......................................................................... Henrique Lisboa
autoria:.................................................................... Calixto de Inhamuns
direção......................................... ..........................................
Mario Mazetti
direção
de ator................................................................. Suzana Lakatos
assistência
de direção.................................................... Flávia Thompson
criação
de luz e operação.......................................... Marco Vasconcellos
figurinos....................................................................Marichilene
Artisevskis
assistência de
figurinos...........................................................Priscila
Sabina
musicas...............................................................................Paulo
Garfunkel
produção
executiva............................................................ Cássia Guindo
produção................................. José Henrique Paiva dos Reis Lisboa (Taubaté)
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